O escritório do procurador federal em Massachusetts, Joshua Levy, revelou nesta semana a investigação que levou ao indiciamento de cinco brasileiros acusados de vender carteiras de motorista para pessoas de outros estados.
Ao todo, os cinco mantiveram um esquema que tentou vender 1.000 habilitações para dirigir, mas conseguiram completar 600 vendas. A fraude rendeu pelo menos US$ 840.000.
As carteiras são de Massachusetts e Nova York. Por cada transação fraudulenta, eram cobrados US$ 1.400.
Os cinco brasileiros presos são:
- Edvan Fernandes Alves de Andrade, de 34 anos, ex-morador de Worcester, atualmente no Brasil;
- Leonel Teixeira de Souza Junior, de 38 anos, ex-morador de Milford, atualmente no Brasil;
- Gabriel Nascimento de Andrade, de 26 anos, de Boston;
- Cesar Augusto Martin Reis, de 28 anos, de Waterbury, Connecticut;
- e Helbert Costa Generoso, de 39 anos, de Danbury, Connecticut.
Gabriel, Cesar Augusto e Herbert foram presos. Eles compareceram a uma audiência na Corte Federal em Worcester.
Gabriel foi mantido preso à espera do julgamento. Cesar Augusto e Herbert foram mantidos presos à espera de uma audiência no dia 16 de dezembro, que vai avaliar a detenção deles.
Segundo a investigação federal, o esquema para dar carteira de motorista a moradores de outros estados começou em novembro de 2020 e durou até setembro de 2024.
A partir de 2019, Nova York passou a dar carteira a motoristas sem documentos. Em Massachusetts, o mesmo benefício dado aos indocumentados começou em julho de 2023.
Os cinco brasileiros ajudavam pessoas de outros estados, incluindo Massachusetts, a conseguir carteira em Nova York. Como a lei do estado exige uma foto do candidato fazendo a prova online, os fraudadores pediam aos clientes para tirar fotos sentados, como se estivessem fazendo o teste, mas quem respondia aos testes eram os fraudadores.
Eles ofereciam comprovantes de residência em Nova York. Os golpistas também falsificavam comprovantes de curso de direção completo e as assinaturas dos motoristas.
Em Massachusetts, segundo os federais, os brasileiros ajudaram candidatos a obter passaportes de maneira fraudulenta para apresentar como IDs dos clientes.
Os crimes de conspirar para obter carteiras de motorista de maneira fraudulenta preveem pena de 5 anos de prisão, 3 anos de liberdade supervisionada e multa de até US$ 250.000. Os crimes relacionados à obtenção fraudulenta de passaportes preveem pena de 10 anos de prisão, 3 anos de liberdade supervisionada e multa de até US$ 250.000.
As penas são impostas por um juiz e baseadas em regras e guias estabelecidas por lei.