Administração Trump anuncia redução de voos em 40 aeroportos dos EUA a partir de sexta-feira caso paralisação continue

Por Alexandra Skores e Pete Muntean – CNN

A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que irá reduzir o número de voos em 40 dos aeroportos mais movimentados dos Estados Unidos a partir de sexta-feira, caso não haja acordo para encerrar a paralisação do governo. O anúncio foi feito pelo secretário de Transportes, Sean Duffy, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira.

Segundo a FAA, a redução será de 10% do tráfego aéreo nesses aeroportos, o que pode impactar milhares de voos em todo o país. Ainda não foram divulgados detalhes sobre quais aeroportos terão cortes, mas a lista preliminar inclui os principais terminais de Nova York, Washington, Chicago, Atlanta, Dallas, além de cidades do oeste como Phoenix e Seattle.

O administrador da FAA, Bryan Bedford, explicou que a medida será restrita a mercados de alto volume e que as companhias aéreas estão sendo orientadas a colaborar na redução de suas programações. “Vamos tomar decisões proativas para manter o espaço aéreo seguro”, afirmou Bedford, destacando que a mudança será “prescritiva” e “cirúrgica”.

A decisão ocorre em meio ao aumento de atrasos e cancelamentos de voos devido à falta de controladores de tráfego aéreo, que continuam trabalhando sem receber salários por serem considerados funcionários essenciais. Muitos controladores já estão buscando outros empregos ou faltando ao trabalho em protesto. Desde o início da paralisação, mais de 400 casos de falta de pessoal foram registrados em instalações da FAA, número quatro vezes maior que o do ano anterior, segundo análise da CNN.

Jennifer Homendy, presidente do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB), apoiou a decisão nas redes sociais, afirmando que “pressões estão se acumulando no sistema” e que a redução é “a coisa certa a fazer” para garantir a segurança.

As companhias aéreas foram informadas sobre o plano apenas uma hora antes do anúncio oficial. O grupo Airlines for America, que representa o setor, declarou que está trabalhando com o governo para entender todos os detalhes da medida e buscar formas de minimizar os impactos para passageiros e empresas.

A FAA informou ainda que as restrições também podem afetar lançamentos espaciais e o tráfego de pequenas aeronaves em determinados mercados.

Entre as companhias aéreas, a Frontier recomendou que passageiros considerem comprar passagens alternativas, alertando para o risco de ficarem “presos” caso seus voos sejam cancelados. Já a United Airlines afirmou que voos internacionais de longa distância e rotas entre grandes hubs não serão afetados, concentrando os cortes em voos regionais e domésticos fora desses eixos. Todos os passageiros com voos durante o período poderão solicitar reembolso, inclusive para tarifas não reembolsáveis.

A American Airlines prevê que a maioria de seus voos não será impactada, enquanto a Southwest pediu ao Congresso que resolva o impasse o quanto antes. A Delta remeteu comentários ao Departamento de Transportes e à FAA.

A FAA e as companhias aéreas devem se reunir para discutir a implementação da nova medida, que pode ser revista caso a paralisação do governo chegue ao fim.

Foto: Piscina

Fonte: CNN

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