Ataques de cães estão aumentando nos Estados Unidos — e podem ser evitados, dizem especialistas

O número de pessoas atacadas por cães está crescendo nos Estados Unidos, acompanhando o aumento da população de animais de estimação no país. Segundo a Associação Americana de Medicina Veterinária (AVMA), hoje há cerca de 90 milhões de cães vivendo em lares americanos. Com isso, o número de mordidas também disparou.

Estima-se que, há 20 anos, ocorriam cerca de 4,5 milhões de mordidas por ano. Atualmente, esse número é ainda maior, embora não haja uma contagem exata. Além disso, o número de ataques fatais mais que dobrou na última década, passando de uma média de 40 por ano para quase 100 desde o início da pandemia, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Apesar do aumento preocupante, especialistas afirmam que a maioria desses incidentes pode ser evitada com medidas simples de prevenção e educação.

Por que os cães mordem?

De acordo com especialistas, os cães geralmente mordem como resposta a algum estímulo do ambiente. Eles podem agir assim por medo, dor, estresse ou até para proteger algo que consideram importante, como seus filhotes ou território.

“Se um cão se sente ameaçado, assustado ou acuado, ele pode morder como forma de defesa”, explicou Lori Teller, ex-presidente da AVMA. Ela também lembra que cães doentes ou machucados podem reagir de forma agressiva, por isso é importante manter as consultas veterinárias em dia e observar sinais de mudanças no comportamento.

Como prevenir ataques

A prevenção começa com o treinamento e a socialização do animal desde filhote. Ensinar o cão a não morder e acostumá-lo a diferentes ambientes e pessoas são passos importantes.

Crianças pequenas estão entre as principais vítimas de mordidas, muitas vezes com ferimentos mais graves na cabeça e pescoço. Por isso, é fundamental que os pais orientem os filhos sobre como se comportar perto de cães e nunca deixem as crianças sozinhas com eles, mesmo que sejam animais da família.

Outro ponto importante é observar a linguagem corporal do animal. Mudanças no comportamento, como enrijecimento do corpo, rosnados ou orelhas para trás, podem indicar que o cão está desconfortável ou prestes a reagir.

“Entender os sinais que os cães dão e ensinar eles a viver bem no nosso mundo é essencial para uma convivência segura”, afirmou a treinadora de cães Victoria Stilwell. Ela reforça que o ideal é usar métodos de adestramento positivos, que não causem dor ou medo no animal.

Cuidados também para quem não tem cães

Mesmo quem não tem um cachorro em casa pode ajudar na prevenção de ataques. A principal dica é sempre pedir permissão antes de se aproximar de um cão desconhecido e respeitar caso o animal não queira contato.

“Prevenir mordidas de cães é uma responsabilidade de toda a comunidade”, reforçou a atual presidente da AVMA, Sandra Faeh. “Tanto os donos quanto quem convive com cães no dia a dia têm um papel importante para garantir interações seguras e positivas.”

Com mais informação e responsabilidade, é possível proteger tanto as pessoas quanto os próprios cães, fortalecendo a relação entre humanos e animais de estimação.

Foto: Freepik

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