Dois dias após a prisão da estudante Rumeysa Ozturk nas ruas de Somerville, autoridades federais disseram que ela está detida em um centro do ICE na Louisiana.
Rumeysa tem visto F1 válido e faz doutorado na Tufts University, em Medford.
O motivo da prisão foi revelado pelo governo federal, que alega que ela seria “pró Hamas”.
Na verdade, a base da acusação é que Rumeysa escreveu, em março de 2024, um artigo de opinião no jornal universitário The Tufts Daily, no qual ela pede que a universidade corte relações com empresas que apoiam o genocídio de palestinos na Faixa de Gaza.
No entanto, a advogada da estudante, Mahsa Khanbabai, disse que “ainda não há nenhuma acusação formal contra Rumeysa”.
A representação da estudante da Turquia entrou na Justiça pedindo um habeas corpus para impedir que Rumeysa seja transferida para fora de Massachusetts. E a juíza Talwani concedeu o pedido, determinando que o ICE “não a transfira sem aviso prévio de dois dias”.
Agora, a Justiça vai analisar se a decisão judicial foi descumprida pelo governo.
Em nota, o presidente da Tufts University, Sunil Kumar, classificou como “preocupantes” as imagens da detenção da universitária por 6 agentes do ICE.
Na tarde de quarta-feira, centenas de pessoas ligadas à Tufts protestaram em Somerville a favor da libertação de Rumeysa.
Foto: Câmeras de segurança em Somerville