Uma mudança histórica nos relatórios de crédito foi anunciada pelo governo Biden. Dívidas médicas não pagas não aparecerão mais nos históricos de crédito dos americanos, eliminando barreiras que dificultavam o acesso a hipotecas, empréstimos para carros ou pequenos negócios.
De acordo com a nova regra do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), 49 bilhões de dólares em dívidas médicas serão removidos dos relatórios de crédito, impactando positivamente mais de 15 milhões de pessoas. A medida pode aumentar as pontuações de crédito em até 20 pontos, resultando em cerca de 22 mil aprovações adicionais de hipotecas por ano.
A vice-presidente Kamala Harris destacou o impacto transformador da regra: “Ninguém deveria ser privado de oportunidades econômicas porque ficou doente ou enfrentou uma emergência médica.” Ela também anunciou que governos estaduais e locais já eliminaram mais de 1 bilhão de dólares em dívidas médicas para mais de 700 mil americanos, graças a um pacote de auxílio aprovado em 2021.
O CFPB explicou que dívidas médicas são um indicador fraco da capacidade de um indivíduo de pagar empréstimos. Em 2022, as principais agências de crédito — Experian, Equifax e TransUnion — já haviam removido dívidas médicas de valores abaixo de 500 dólares dos relatórios de consumidores. Agora, a nova regra resolve a questão das contas médicas maiores que ainda apareciam nos registros.
Essa mudança promete aliviar o peso financeiro de milhões de famílias, garantindo que a saúde não seja mais um obstáculo ao acesso a oportunidades econômicas essenciais.
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