O prefeito de Everett/Massachusetts, Carlo DeMaria, está no centro de uma nova polêmica envolvendo o uso de verbas públicas. Vereadores da cidade exigem investigações sobre bônus ilegais recebidos pelo prefeito e sobre os gastos com advogados e consultores de relações públicas.
A polêmica começou quando um relatório do inspetor-geral do estado revelou que DeMaria teria usado seu cargo para inflar seus próprios bônus em cerca de US$ 180 mil. Segundo o relatório, o prefeito teria manipulado uma lei municipal para receber US$ 40 mil extras por ano, em vez dos US$ 10 mil que os vereadores acreditavam ter aprovado.
Agora, a suspeita é que DeMaria tenha usado dinheiro da cidade para pagar despesas pessoais com advogados. Seu advogado cobrou US$ 33 mil da cidade, mas outros pagamentos de US$ 45 mil para “trabalhos adicionais” não foram esclarecidos. Além disso, há dúvidas sobre se os pagamentos a uma empresa de relações públicas que trabalha para a cidade e para o prefeito foram realmente de interesse público.
Por isso, os vereadores querem que a Comissão de Ética do Estado investigue não apenas os bônus, mas também os pagamentos da cidade a advogados e consultores de relações públicas durante a investigação do inspetor-geral.
Diante das acusações, o prefeito DeMaria se defende, alegando que “não fez nada de errado” e que a controvérsia é motivada por questões políticas. Ele se recusa a devolver os bônus e iniciou sua campanha de reeleição, buscando um novo mandato.
O Conselho Municipal planeja votar na segunda-feira um pedido formal de investigação à Comissão de Ética e exigir que o prefeito pare de usar dinheiro público para contestar as acusações. A presidente do conselho, Stephanie Martins, criticou duramente a postura de DeMaria: “É incrivelmente decepcionante que o prefeito esteja drenando os recursos da cidade para lutar para manter essa posição”.
Foto: Suzanne Kreiter/Globe Staff