Os republicanos da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos propuseram cortes no programa de assistência alimentar SNAP (Supplemental Nutrition Assistance Program). A medida faz parte de um esforço para financiar prioridades do presidente eleito Donald Trump, como cortes de impostos e segurança na fronteira.
O programa SNAP oferece assistência alimentar essencial para mais de 22 milhões de famílias de baixa renda nos Estados Unidos. Em 2023, o benefício médio foi de cerca de 350 dólares por mês por família, tornando-se um recurso vital para muitos americanos. No entanto, críticos afirmam que o programa pode incentivar a dependência do governo e não aborda diretamente as causas da pobreza.
A proposta, intitulada “Opções de Reforma de Gastos”, foi elaborada pelo Comitê de Orçamento da Câmara, liderado pelo representante Jodey Arrington. Ela busca reduzir até 5,7 trilhões de dólares em gastos federais, com cortes planejados no SNAP que podem alcançar até 22 bilhões de dólares ao longo da próxima década.
Arrington defendeu os cortes, afirmando que, sem mudanças em programas como o SNAP, “o país caminhará para o colapso fiscal”. Por outro lado, a representante democrata Angie Craig criticou a proposta, destacando que ela “retiraria alimentos de crianças famintas” e prejudicaria agricultores e trabalhadores do setor alimentício.
As propostas de cortes enfrentam resistência de democratas e grupos de defesa, devido ao impacto significativo do SNAP no combate à fome. Com a maioria democrata no Senado e apoio bipartidário ao programa, é provável que, se aprovados, os cortes passem por grandes revisões. A disputa pelo futuro do SNAP será um tema central nas discussões orçamentárias nos próximos meses.
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