Uma tragédia abalou Nova York nesta quinta-feira, quando um helicóptero de turismo caiu no rio Hudson, matando seis pessoas, entre elas, uma família espanhola com três crianças. A bordo estavam Agustín Escobar e sua esposa Mercè Camprubí Montal, ambos executivos da Siemens, além dos filhos do casal, de 4, 5 e 11 anos. O piloto da aeronave também morreu.
O helicóptero, operado pela empresa New York Helicopters, decolou do Downtown Skyport, em Manhattan, às 14h59 (horário local) e caiu poucos minutos depois, por volta das 15h17, após perder o controle ao realizar uma curva próxima à ponte George Washington. Imagens divulgadas mostram a aeronave caindo de cabeça para baixo antes de atingir a água.
Equipes de resgate chegaram rapidamente ao local e mergulhadores iniciaram as buscas quase imediatamente. Quatro vítimas foram declaradas mortas no local e outras duas faleceram no hospital. Nenhum dos ocupantes sobreviveu.
A tragédia causou comoção internacional. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, lamentou o ocorrido e enviou condolências às famílias. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o acidente como “terrível” e afirmou que mais detalhes serão divulgados em breve. “Que Deus abençoe as famílias e amigos das vítimas”, escreveu em sua rede social.
A Siemens, empresa onde o casal trabalhava, também se manifestou: “Estamos profundamente entristecidos pela trágica queda do helicóptero que tirou a vida de Agustín Escobar e sua família. Nossos mais sinceros sentimentos aos seus entes queridos”.
O local do acidente fica próximo ao lado oeste de Manhattan, uma área conhecida por lojas e restaurantes sofisticados, além de estar perto do campus principal da Universidade de Nova York (NYU).
A Administração Federal de Aviação (FAA) informou que a investigação será conduzida pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB). A aeronave era um modelo Bell 206, comumente utilizado para passeios turísticos, transmissões de TV e operações policiais.
O CEO da empresa responsável pelo voo, Michael Roth, declarou estar devastado. “Sou pai, avô, e minha esposa não para de chorar desde a tarde”, disse à CNN. Questionado sobre a manutenção da aeronave, afirmou que isso é responsabilidade do diretor técnico da empresa.
Moradores da região relataram momentos de pânico. “Vi pessoas correndo em direção à água, depois começaram a chegar as sirenes”, contou Jenn Lynk, residente de Jersey City. Outra testemunha, Ipsitaa Banigrhi, disse que o som da queda parecia um trovão e viu partículas pretas no ar.
Foto: Reuters