Trump autoriza pausa de 90 dias em tarifas – exceto para a China, que aumenta para 125%

O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (3) uma pausa de 90 dias nas tarifas de importação aplicadas aos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, com exceção da China – que teve suas tarifas elevadas para 125%.

A medida animou os mercados financeiros, levando o índice Dow Jones a subir 1.800 pontos em poucas horas.

A decisão veio em meio à instabilidade nos mercados globais e representa uma mudança de estratégia do governo, que agora busca aliviar a tensão com outros países e focar em um embate direto com a China.

Em uma publicação no Truth Social, Trump justificou o aumento das tarifas sobre produtos chineses como uma resposta à “falta de respeito” da China com os mercados mundiais. Ele acusou o país asiático de explorar os Estados Unidos e outras nações de forma insustentável e inaceitável, e afirmou que esse tipo de prática chegou ao fim.

Por outro lado, Trump destacou que mais de 75 países procuraram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e o Escritório do Representante de Comércio (USTR), para negociar soluções sobre comércio, barreiras tarifárias, manipulação cambial e outras práticas econômicas desleais. Segundo ele, esses países seguiram sua recomendação e não retaliaram os EUA, o que motivou a suspensão temporária das tarifas e a redução da tarifa recíproca para 10% durante esse período.

“Espero que, em breve, a China perceba que os dias de tirar vantagem dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”, escreveu Trump. Ele também agradeceu a atenção dos países que demonstraram disposição para o diálogo.

Apesar do otimismo dos mercados, ainda não foram divulgados detalhes sobre como a redução das tarifas será aplicada na prática para os países beneficiados.

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, comentou na rede X (antigo Twitter) que esteve com Trump no momento da redação da mensagem e classificou o anúncio como um dos mais importantes da presidência. Ele afirmou que o mundo está pronto para cooperar com os EUA na correção dos desequilíbrios do comércio global, enquanto a China, segundo ele, “escolheu seguir na direção oposta”.

Foto: AFP/Getty Images

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