O debate sobre a eliminação das isenções religiosas para vacinas voltou à tona em Massachusetts. A proposta visa obrigar todas as escolas a reportar anualmente as taxas de vacinação dos estudantes, buscando aumentar a cobertura vacinal e proteger crianças que não podem se vacinar por motivos médicos.
Atualmente, pais podem solicitar isenção religiosa apresentando uma carta que afirma que a vacina viola suas crenças sinceras. No entanto, muitos argumentam que essa prática tem sido usada de forma indevida por quem tem receio ou desconfiança em relação às vacinas, mesmo sem fundamentos religiosos reais.
Defensores da proposta afirmam que a medida ajudará a identificar estudantes não vacinados e a garantir a saúde coletiva, especialmente para crianças imunodeprimidas ou com alergias. Por outro lado, pais que defendem a manutenção das isenções religiosas alegam que esse direito é protegido pela Primeira Emenda e que a decisão de vacinar deve ser individual.
O tema tem sido discutido desde 2019, antes mesmo da pandemia de COVID-19, que aumentou o debate sobre vacinas. A nomeação de figuras como Robert F. Kennedy Jr., conhecido por ceticismo em relação às vacinas, também trouxe mais atenção ao assunto.
Especialistas como Sarah Harrison, mãe de uma sobrevivente de câncer, defendem que as vacinas são essenciais para a proteção de todos, especialmente de quem não pode se imunizar. Ela lembra que a autismo, por exemplo, tem causas genéticas e ambientais, e não está relacionada às vacinas.
A discussão continua, com muitos questionando por que o foco está apenas nos estudantes com isenção religiosa, enquanto há um grande número de crianças não vacinadas sem justificativa. A expectativa é que as novas regras de reporte possam ajudar a monitorar e aumentar a cobertura vacinal, protegendo toda a comunidade escolar.
Foto: Common Wealth Beacon
