Uma forte onda de calor está atingindo grande parte dos Estados Unidos nesta semana e pode quebrar ou igualar até 250 recordes diários de temperatura em diversas regiões do país. Estados da Costa Leste, Meio-Oeste e Sul estão sob alerta devido às temperaturas extremas, que devem continuar até, pelo menos, quarta-feira.
Cidades como Boston, Nova York, Filadélfia, Indianápolis e Raleigh (Carolina do Norte) podem registrar temperaturas próximas ou acima dos 100°F, o que representa um risco sério à saúde da população. Ao todo, cerca de 170 milhões de pessoas devem ser impactadas, e 28 estados já emitiram algum tipo de alerta de calor.
O fenômeno é causado por uma “cúpula de calor” — um sistema de alta pressão que prende o ar quente na região, impedindo que ele se dissipe. Esse tipo de evento tem se tornado mais frequente e intenso devido às mudanças climáticas.
Especialistas alertam que o calor extremo pode ser especialmente perigoso para idosos, crianças pequenas, gestantes, pessoas em situação de rua e quem não tem acesso a sistemas de refrigeração. Entre os principais sintomas de problemas relacionados ao calor estão câimbras, tontura, náusea e suor excessivo.
Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia, o calor desta semana é considerado incomum por sua intensidade e duração, além de não oferecer alívio nem mesmo durante a noite, quando as temperaturas devem continuar elevadas.
Diante disso, autoridades locais em cidades como Nova York, Cleveland e Nashville abriram centros de resfriamento em bibliotecas, centros comunitários e espaços públicos para ajudar a população mais vulnerável. Especialistas também recomendam o uso de roupas leves e claras, ingestão de muita água e evitar bebidas alcoólicas.
Um estudo recente publicado pela Journal of the American Medical Association mostrou que as mortes relacionadas ao calor aumentaram 117% entre 1999 e 2023, com crescimento constante desde 2016.
Com o verão apenas começando, a expectativa é de que este ano também registre temperaturas acima da média, seguindo a tendência dos últimos anos — o verão passado foi o mais quente já registrado no planeta.
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