A recente campanha de recrutamento do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) já resultou em 141 mil inscrições e 18 mil ofertas de emprego provisórias desde o final de julho, segundo informações divulgadas pelo governo Trump.
Para fortalecer a equipe do órgão, a administração lançou uma série de benefícios, incluindo bônus de assinatura de até US$ 50 mil, perdão de dívidas estudantis e vantagens especiais de aposentadoria. A secretária Kristi Noem destacou, em comunicado, que “mais de 141 mil americanos patriotas se candidataram para defender o país, removendo os piores criminosos estrangeiros ilegais dos Estados Unidos”. Ela acrescentou que “os americanos estão atendendo ao chamado para servir e ajudar a retirar assassinos, pedófilos, estupradores, terroristas e membros de gangues do país”.
Desde o início da campanha, o ICE intensificou operações em grandes cidades como Los Angeles, Chicago e Washington, D.C., com o objetivo de realizar deportações em massa e prender estrangeiros em situação irregular com antecedentes criminais. Novos centros de detenção também foram abertos, incluindo o Alligator Alcatraz, na Flórida, para abrigar pessoas antes da deportação.
O impulso ao recrutamento foi possível graças ao One Big Beautiful Bill Act, sancionado pelo presidente Donald Trump em julho, que destinou recursos para a contratação de 10 mil novos agentes. Em meados de agosto, o número de candidatos já havia chegado a 100 mil. Uma das mudanças mais significativas foi o fim do limite de idade, anteriormente fixado entre 37 e 40 anos, incentivando inclusive a participação de policiais aposentados. “Estamos acabando com o limite de idade para agentes do ICE. Candidatos qualificados agora podem se inscrever sem restrição de idade”, anunciou Noem em publicação na rede X, em 6 de agosto.
Entre as operações em andamento estão a “Operation Midway Blitz”, em Chicago, e a “Operation Patriot 2.0”, ambas com foco na prisão de criminosos. O Departamento de Segurança Interna (DHS) também segue incentivando a autodeportação de imigrantes irregulares por meio do aplicativo CBP Home, que substituiu a versão utilizada durante o governo Biden para pedidos de asilo na fronteira sul.
Enquanto líderes democratas demonstram resistência em colaborar com as autoridades federais de imigração, governadores republicanos têm oferecido apoio. Em Arkansas, a governadora Sarah Huckabee Sanders anunciou que a Guarda Nacional do estado irá auxiliar o ICE com uma equipe de 40 pessoas. “A Guarda Nacional do Arkansas está pronta para apoiar esta missão, oferecendo assistência administrativa e logística ao Departamento de Segurança Interna”, afirmou o general Chad Bridges, comandante da Guarda Nacional do estado. “Nossos soldados são altamente treinados e comprometidos em permitir que os agentes federais se concentrem em suas operações principais.”
Foto: Genaro Molina/Los Angeles Times via Getty Images
Fonte: Fox News
