CONCORD, NH — A Suprema Corte de New Hampshire aceitou ouvir o apelo de um prisioneiro que está no corredor da morte.
Os advogados de Michael Addison entraram com um pedido de revisão da sentença de pena de morte. Caso seja aprovada, a pena pode ser convertida em prisão perpétua.
O criminoso, de 45 anos, foi sentenciado em 2008 pelo assassinato do policial Michael Briggs, da delegacia de Manchester, ocorrido dois anos antes.
Briggs tentava prender Addison após uma série de roubos e tiroteios na vizinhança.
O estado de New Hampshire aboliu a pena de morte em 2019. A votação no Senado foi de 17 a 6 a favor da abolição, e na Câmara, de 279 a 88.
A governadora republicana Kelly Ayotte é contra a revisão da pena de Addison, afirmando que isso seria “uma grave injustiça”.
“Addison, um criminoso de carreira, assassinou o policial de Manchester, Michael Briggs, a sangue frio e deveria enfrentar a pena de morte”, declarou a governadora.
A viúva do policial, Laura Briggs, disse em 2019 que era contra a mudança da sentença do assassino de seu marido, ressaltando que o filho dela, Mitchell Briggs, atualmente é chefe de polícia em Grafton, New Hampshire.
A lei que aboliu a pena de morte no estado não garante aplicação retroativa para casos anteriores. No entanto, os advogados de Addison argumentam que a pena capital hoje é considerada uma punição cruel.
New Hampshire não executa ninguém desde 1939. Antes de Addison ser sentenciado à morte, a última condenação desse tipo havia ocorrido em 1959.
Os advogados de Addison têm até 15 de outubro para apresentar o recurso.
Foto: NECN