Boston, MA — A primeira Operação Patriota aconteceu em maio e a segunda foi encerrada no fim de setembro.
Durante todo o mês, agentes do ICE enviados de outros estados estiveram em obras de construção, pararam vans de construção e pintura e, em alguns casos, prenderam adolescentes.
Em comunicado, o diretor interino do ICE, Todd M. Lyons, deixou claro que até mesmo trabalhadores imigrantes sem passado criminal foram alvo da segunda operação.
“Todo imigrante ilegal que prendemos durante a operação estava violando a lei de imigração dos Estados Unidos, e centenas deles eram criminosos violentos”, afirmou.
O ICE alegou que as operações tinham como alvo “criminosos estrangeiros de alta periculosidade”, citando gangues compostas por homens hispânicos, como MS-13, Tren de Aragua, Trinitarios e 18th Street.
No entanto, o que a comunidade brasileira de Milford presenciou em setembro foram prisões de trabalhadores em diversas obras de construção.
Veja os números alegados pelo ICE, sem apresentação de provas:
• Cerca de 600 imigrantes presos tinham condenações criminais significativas ou acusações pendentes. • Além disso, 277 dos detidos já haviam recebido ordens do Departamento de Justiça para deixar os Estados Unidos. • O ICE alegou, sem apresentar provas ou nomes, que outros imigrantes possuíam mandados de prisão internacionais e Notificações Vermelhas da Interpol.
Lyons criticou as agências policiais locais por libertarem indivíduos em vez de transferi-los para a custódia do ICE.
“A operação Patriot 2.0 expôs as graves consequências das políticas de cidade santuário e a necessidade urgente de que os líderes locais priorizem a segurança de seus eleitores acima da política”, disse Lyons. “As agências de segurança locais os libertaram em vez de entregá-los a nós em um ambiente controlado, e isso coloca em risco os bairros, os policiais e os próprios imigrantes ilegais. Os políticos locais são responsáveis por proteger seus cidadãos — por isso, precisam agir e acabar com essas políticas de santuário irresponsáveis.”
O diretor interino do escritório de campo do ICE ERO Boston, David Wesling, afirmou que Massachusetts “é agora um lugar significativamente mais seguro para viver e trabalhar graças ao trabalho árduo e à determinação dos homens e mulheres do ICE e de nossos parceiros federais”.
Fotos e edição: NBC Boston