Em recente entrevista ao The Times de Londres, Bill Gates criticou Elon Musk por seu apoio a políticas de extrema direita nos Estados Unidos e em outros países. Gates expressou preocupação com a capacidade de Musk de “desestabilizar situações políticas” e sugeriu que outros países adotem medidas para limitar a influência financeira de estrangeiros super-ricos em suas eleições, como já ocorre nos EUA.
Musk, apoiador do atual presidente Donald Trump, tendo investido mais de US$ 250 milhões em sua campanha, tem se envolvido em debates políticos internacionais. Ele criticou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o Partido Trabalhista, além de aconselhar o Reform U.K. a abandonar seu líder, Nigel Farage.
Além disso, após a polêmica envolvendo uma suposta saudação nazista em um comício pró-Trump, Musk declarou apoio ao partido alemão de extrema direita AfD, incentivando-os a “ter orgulho da Alemanha”.
Gates classificou as ações de Musk como “agitação populista” e disse: “Você quer promover a direita, mas diz que Nigel Farage não é conservador o suficiente… Isso é insano. Você é a favor da AfD [na Alemanha].”
Em contrapartida, Gates descreveu um jantar com Trump como “bastante construtivo”. Ele afirmou que Trump o ouviu atentamente, mostrando-se receptivo às suas ideias. “Foi uma conversa bastante envolvente, onde ele me ouviu falar sobre o HIV e a necessidade de permanecer generoso e inovar para obter uma cura”, disse Gates. “Falei muito sobre pólio, energia e nuclear, e ele não foi desdenhoso.”