Black Church vandalizada pelo Proud Boys agora detém os direitos da marca do grupo

Em uma reviravolta na história, a igreja negra Metropolitan African Methodist Episcopal Church, em Washington, D.C., agora detém os direitos da marca do grupo de extrema-direita Proud Boys. A decisão foi proferida pela juíza Tanya M. Jones Bosier, do Tribunal Superior do Distrito de Columbia, no dia 3 de fevereiro.

Além da propriedade da marca, a igreja também ganhou o direito de impedir que o Proud Boys use o nome e o logotipo (uma coroa de louros amarela e preta) ou venda produtos licenciados, como camisetas e bonés, sem sua aprovação.

O caso tem origem em um incidente de dezembro de 2020, quando membros do Proud Boys invadiram a propriedade da igreja e destruíram uma placa com os dizeres “Black Lives Matters”. A justiça já havia determinado que o grupo pagasse US$ 2,8 milhões à igreja, valor que nunca foi pago.

Com a decisão, a igreja pode agora arrecadar fundos com a venda de produtos do Proud Boys e com as taxas de adesão ao grupo, além de impedir o uso da marca. A notoriedade do nome Proud Boys ajudou o grupo a recrutar membros, então bloquear o uso da marca pode prejudicar tanto a venda de produtos quanto o recrutamento.

O pastor da igreja, Rev. William H. Lamar IV, afirmou que a decisão mostra que a igreja não se intimidou com a violência de grupos supremacistas brancos. Kaitlin Banner, representante da igreja, disse que é justo que o dinheiro arrecadado pelo Proud Boys financie o trabalho da Metropolitan AME.

O ex-líder do Proud Boys, Enrique Tarrio, que foi perdoado pelo presidente Trump após ser condenado por conspiração sediciosa relacionada ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, criticou a decisão e indicou que não pretende cumpri-la.

 
Foto/Reprodução: The Washington Post

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