Cena de caos em Worcester: operação do ICE termina com mulher detida, protesto acalorado e duas prisões

Uma operação de agentes federais de imigração resultou em momentos de tensão e confusão nesta quinta-feira em Worcester, Massachusetts. Durante a ação, uma mulher foi detida por agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA) e colocada em um carro descaracterizado. A abordagem gerou protestos intensos de moradores e ativistas que estavam no local.

Segundo relatos, a filha da mulher detida — uma adolescente que segurava um recém-nascido — tentou impedir a saída do veículo e acabou sendo presa pela polícia local. A outra pessoa detida foi Ashley Spring, de 38 anos, candidata ao Comitê Escolar da cidade. De acordo com a polícia, ela teria empurrado vários agentes e jogado uma substância líquida neles durante o tumulto.

Testemunhas afirmam que a cena foi caótica e emocional. “Fiquei horrorizado ao ver uma mãe sendo separada da filha e escutar os gritos delas”, relatou David Webb, morador de Worcester que presenciou o momento.

A polícia de Worcester informou que foi chamada após relatos de que uma multidão hostil cercava agentes federais. Cerca de 30 a 40 policiais foram enviados ao local para conter os ânimos e garantir a segurança. Vídeos gravados por manifestantes mostram os momentos de tensão, com gritos, empurra-empurra e ordens para que as pessoas recuassem.

A adolescente foi acusada de colocar a criança em risco, perturbar a ordem pública, conduta desordeira e resistência à prisão. Já Ashley Spring enfrenta acusações de agressão a policial, agressão com substância perigosa, conduta desordeira e obstrução da ação policial.

A ação reacendeu o debate sobre o papel das autoridades locais em operações de imigração. Apesar de a cidade de Worcester ter declarado anteriormente que não colaboraria com ações do ICE, moradores afirmam que a polícia local apoiou os agentes federais durante o ocorrido.

O caso segue sob investigação, e a polícia informou que está analisando vídeos do incidente e que outras acusações podem ser feitas. Até o momento, o Departamento de Segurança Interna dos EUA não se pronunciou sobre o ocorrido.

Foto: Suzanne Kreiter/Equipe Globe

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