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O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) negou veementemente as acusações de que agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE) teriam usado uma menina de 5 anos como “isca” para obrigar o pai a se render durante uma operação em Leominster, Massachusetts.
A polêmica surgiu após imagens exibidas pela Telemundo Nueva Inglaterra mostrarem a criança, que segundo a mãe é autista, sentada ao lado de um SUV em frente à casa da família, enquanto agentes federais aguardavam a rendição do pai, Edwards Hip Mejia. No vídeo, a mãe afirma: “Levaram minha filha… Ela tem 5 anos. Ela está no espectro autista.”
Segundo o DHS, as alegações são falsas. Tricia McLaughlin, porta-voz do órgão, declarou à Newsweek que “os agentes do ICE nunca usaram uma menina de 5 anos como ‘isca’”, classificando a acusação como uma “calúnia repugnante”.
De acordo com a versão oficial, Mejia, que é guatemalteco e vive nos Estados Unidos há cerca de 25 anos, teria ignorado sinais de parada da polícia, retornado para casa e deixado a filha no carro antes de fugir para dentro da residência. “Os agentes ajudaram a resgatar a criança e acionaram a polícia local para relatar o abandono”, afirmou McLaughlin.
O DHS também informou que Mejia possui antecedentes criminais por abuso doméstico, estrangulamento e vandalismo. Ele foi preso dois dias após o incidente e permanece detido no Plymouth County Correctional Facility, aguardando os procedimentos de deportação.
A esposa de Mejia, que conversou com a NBC Boston sob condição de anonimato, relatou que o casal tem dois filhos nascidos nos Estados Unidos e que, desde a prisão do marido, teme sair de casa até mesmo para levar as crianças à escola ou ao médico.
O caso ocorre em meio a críticas à política de deportação em massa do governo Trump, que tem sido alvo de questionamentos quanto à conduta dos agentes do ICE.
Mejia segue sob custódia do ICE enquanto aguarda o andamento do processo de remoção.
Foto: Andrea Renault
Fonte: Newsweek
