A administração Trump intensificou as operações de deportação nos Estados Unidos, incluindo comunidades de Massachusetts, com agentes de imigração realizando várias prisões de imigrantes, independentemente de terem antecedentes criminais ou não. A estratégia, baseada na meta de prender pelo menos 3.000 pessoas por dia, tem causado um aumento significativo nas detenções internas, especialmente em cidades como Milford, Worcester, Chelsea e Boston.
Dados mostram que, em maio, quase 1.500 imigrantes foram presos em Massachusetts, sendo que 17% tinham condenações criminais e 37% estavam com processos pendentes. Entre os presos, há casos de crimes graves, como homicídio, agressão agravada, assalto sexual, roubo, violência doméstica e violações migratórias.
A política de foco na prisão de imigrantes, mesmo aqueles sem antecedentes, tem gerado preocupação entre advogados e ativistas, que alertam para o aumento da tensão nas comunidades e o risco de superlotação nas instalações de detenção. Os centros de Burlington e Plymouth, por exemplo, estão com capacidade quase máxima, e há relatos de presos sendo mantidos em condições precárias.
Especialistas afirmam que, com as fronteiras com menos entradas ilegais, o governo está direcionando sua atenção para imigrantes com processos pendentes ou que foram encontrados em operações de rotina, aumentando as detenções de forma rápida e massiva. Essa mudança de estratégia também tem provocado confrontos com comunidades e protestos em várias cidades, incluindo Los Angeles.
O uso de métodos mais rápidos de deportação, como o “expedited removal”, também está sendo ampliado dentro do país, o que pode acelerar ainda mais o processo de expulsão de imigrantes, mesmo aqueles que ainda aguardam julgamento na Justiça de imigração.