Governo Trump revoga status legal de quase 1 milhão de imigrantes que entraram pelos EUA usando aplicativo CBP One

O governo Trump iniciou a revogação do status legal de imigrantes que entraram nos Estados Unidos por meio do aplicativo CBP One, criado durante o governo Biden. Os imigrantes estão sendo notificados para deixarem o país imediatamente, sob pena de prisão e deportação.

Durante o governo Biden, mais de 900 mil imigrantes entraram nos EUA por meio de agendamentos feitos pelo CBP One, um aplicativo que permitia o acesso a pontos de entrada oficiais na fronteira sul. Esses imigrantes geralmente recebiam uma notificação para comparecer ao tribunal de imigração, iniciar o processo de asilo e uma autorização de permanência temporária (parole) de dois anos, que permitia trabalhar legalmente nos EUA. A política visava dissuadir a travessia ilegal da fronteira.

No entanto, o governo Trump começou a enviar notificações a esses imigrantes, informando que seu status de “parole” está sendo cancelado em 7 dias.

“Se você não deixar os Estados Unidos imediatamente, estará sujeito a potenciais ações de aplicação da lei que resultarão em sua remoção dos Estados Unidos – a menos que você tenha obtido uma base legal para permanecer aqui”, diz a mensagem enviada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS).

A notificação incentiva os imigrantes a se inscreverem para a autodeportação por meio do mesmo aplicativo que permitiu entrar nos EUA, agora chamado CBP Home.

O DHS confirmou os cancelamentos de status, afirmando que a Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, “tem total autoridade para revogar o ‘parole'”.

A medida não deve afetar imediatamente os imigrantes que entraram pelo CBP One, solicitaram asilo e têm casos pendentes no tribunal de imigração.

A revogação do status legal dos imigrantes que entraram pelo aplicativo é o mais recente esforço do governo Trump para desmantelar os programas de imigração da era Biden e expandir o número de imigrantes elegíveis para prisão e deportação.

O governo também deu a mais de meio milhão de cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos que chegaram sob uma iniciativa separada do governo Biden até 24 de abril para se autodeportarem ou enfrentarem prisão e deportação.

Foto: John Moore/Getty Images

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