A discussão sobre o horário de verão nos Estados Unidos ganha força com a proximidade da mudança de hora, marcada para 9 de março. Enquanto alguns estados querem acabar com a prática de adiantar e atrasar os relógios, outros defendem a adoção permanente do horário de verão, mas a decisão final depende do Congresso americano.
O horário de verão, que adianta os relógios em uma hora na primavera e os atrasa no outono, foi criado para aproveitar melhor a luz do dia e economizar energia. A prática, adotada nos EUA desde a Primeira Guerra Mundial, divide opiniões: uma pesquisa de 2021 mostrou que 75% dos americanos não gostam da mudança, mas não há consenso sobre qual horário deveria ser fixo.
Críticos do sistema atual argumentam que a alteração semestral prejudica o sono, a saúde e tem pouco efeito na economia de energia. Nos últimos anos, 20 estados americanos aprovaram leis ou resoluções para adotar o horário de verão permanente ou deixar de adotá-lo, mas a lei federal impede a mudança sem aval do Congresso.
Estados como Oregon, Washington, Flórida e Illinois estão entre os que querem adotar o horário de verão de forma permanente, alegando benefícios como aumento da produtividade, mais tempo para lazer ao ar livre e menor consumo de energia. Já o Havaí e a maior parte do Arizona não seguem o horário de verão, devido a particularidades geográficas e climáticas.
O presidente Donald Trump apoia o horário de verão permanente, mas a proposta não avançou no Congresso. Um projeto de lei de 2023, o “Sunshine Protection Act”, busca tornar o horário de verão permanente em todo o país, mas ainda aguarda votação.
Enquanto o Congresso não decide, os estados aguardam, e os americanos se preparam para adiantar seus relógios em 9 de março. A polêmica sobre o horário de verão continua, dividindo opiniões e gerando debates sobre seus impactos na saúde, economia e rotina da população.
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