Teve início nesta segunda-feira em Nova York a seleção do júri para o aguardado julgamento criminal do rapper e empresário Sean “Diddy” Combs. Ele enfrenta cinco acusações graves, incluindo conspiração para associação criminosa, tráfico sexual e transporte de pessoas para fins de prostituição.
Devido à notoriedade de Combs, o processo de triagem dos jurados começou na semana passada, com centenas de candidatos preenchendo questionários para avaliar possíveis preconceitos e o quanto já sabiam sobre o caso. A seleção presencial dos jurados começou às 8:30 da manhã e deve se estender por vários dias. A previsão é que os argumentos iniciais comecem na próxima segunda-feira, 12 de maio. Serão escolhidos 12 jurados titulares e 6 suplentes.
O caso gira em torno das acusações de quatro mulheres, incluindo a cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Combs. As outras três testemunharão de forma anônima. Segundo os promotores, por mais de 20 anos Combs teria usado sua influência e negócios para manter uma rede criminosa que envolvia festas com drogas, prostituição e abusos físicos e psicológicos — conhecidas como “freak offs”.
A acusação afirma ainda que o artista usava ameaças e violência para silenciar vítimas e testemunhas. Um dos episódios citados no processo é o momento em que Combs teria pendurado uma pessoa na sacada de um prédio. O júri também assistirá a imagens de segurança que mostram Combs agredindo Cassie em um hotel de Los Angeles, em 2016, além de registros de viagens, mensagens de texto e e-mails que, segundo os promotores, comprovam os crimes.
Combs se declarou inocente e rejeitou recentemente um acordo com a promotoria, cujos termos não foram divulgados, mas que incluía uma pena mais branda do que a que ele pode enfrentar se for condenado — que pode chegar à prisão perpétua.
Na última audiência pré-julgamento, o juiz autorizou Combs a comparecer ao tribunal com roupas comuns, em vez do uniforme cáqui da prisão.
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