NORWOOD, Mass. — Duas mães de Norwood afirmam que seus filhos foram rendidos sob a mira de armas, algemados e colocados em uma formação de reconhecimento por um crime com o qual não tinham nenhuma relação. Agora, essas mães querem saber por que seus filhos menores de idade foram interrogados pela polícia sem o conhecimento delas.
Laura Ritter contou que seu filho de 15 anos andava de bicicleta para a casa da avó, perto da Walpole Street, em Norwood, no sábado. Segundo ela, o garoto estava com o primo de 16 anos quando, de repente, foram interceptados por uma viatura policial.
“Ele disse que o carro parou, os policiais saíram e imediatamente apontaram armas para eles”, lembrou Ritter.
Ritter contou que os meninos disseram ter sido empurrados ao chão e algemados, antes de serem colocados no banco de trás da viatura.
“Meu filho disse que estavam perguntando sobre coisas que aconteceram na área, e ele estava confuso, sem entender o que estava acontecendo”, relatou Ritter. “Eles perguntaram: ‘Você sabe algo sobre uma arma?’”
De acordo com o analista jurídico do canal de TV Boston25, Peter Elikann, é ilegal a polícia interrogar menores sem a presença de um dos pais ou de um responsável.
“A lei de Massachusetts é clara: adolescentes não podem ser entrevistados pela polícia a menos que seus pais ou um adulto responsável estejam presentes. E há uma boa razão para isso — em muitos casos, os jovens acabam confessando coisas que nunca fizeram, apenas para agradar uma figura de autoridade que parece irritada, achando que isso vai resolver a situação”, explicou Elikann.
Ritter mais tarde descobriu que a polícia estava investigando um assalto de carro relatado na região de Village Road West, em Norwood.
Enquanto estavam na viatura, Ritter disse que os meninos pediram aos policiais:
“Por favor, liguem para minha mãe, eu sou menor de idade.”
Mas, segundo ela, a polícia nunca entrou em contato.
Ritter contou que os policiais colocaram os adolescentes em uma formação de reconhecimento à beira da estrada, em frente ao condomínio Windsor Gardens.
“A vítima disse que não eram eles, e então os deixaram ir. Os policiais ainda disseram: ‘Vocês têm sorte, poderia ter sido pior’. Fiquei chocada por dizerem isso ao meu filho”, afirmou Ritter.
Assim que foi liberado, o garoto ligou para a mãe imediatamente.
“Ele me ligou muito nervoso, desesperado, dizendo: ‘Eles apontaram armas pra mim, estão tentando me prender, vou ser preso, mãe’. Era só o que ele repetia”, contou Ritter. “Fiquei completamente apavorada. Larguei tudo o que estava fazendo e corri para casa, em direção a Norwood.”
Agora, Ritter quer respostas do Departamento de Polícia de Norwood.
“Minha maior preocupação é a forma como trataram nossos filhos. Eles não nos ligaram, não nos avisaram o que estava acontecendo, e ficamos totalmente sem saber de nada”, desabafou.
Foto: Boston 25 News







