Durante quase 2 anos consecutivos, houve um fluxo crescente de imigrantes chagando à Massachusetts para fugir da violência, pobreza e em busca de moradia, alimentação e segurança.
Essa crescente, fez com que as autoridades estatais se esforçassem mais para apoiar o programa de abrigos de emergência.
À medida que o Estado descobre como cobrir os custos, que estima custar $915 milhões de dólares no próximo ano fiscal, surge a dúvida que não há resposta: quantos imigrantes estão realmente chegando.
A administração da Governadora Maura Healey obtém os seus dados de agências de reassentamento sediadas em Massachusetts, uma rede de organizações que ajudam os recém-chegados com necessidades básicas e reportam ao estado aqueles que são elegíveis para serviços federais. Através desse processo, a administração registou mais de 11.000 imigrantes de outubro de 2022 a setembro de 2023.
Dados internos de uma agência de reassentamento sem fins lucrativos de Massachusetts, o Instituto Internacional da Nova Inglaterra, com sede em Boston, mostra que o grupo ajudou 10.047 pessoas de 49 países no ano fiscal de 2023.
Em 2022, a administração do então governador Charlie Baker informou que o estado havia atendido 4 mil imigrantes no ano, mas essa contagem não inclui os milhares de imigrantes atendidos por outros tipos de organizações sem fins lucrativos que não são agências de reassentamento, como grupos religiosos ou locais de alimentação.
“Nem todas as pessoas que chegam aqui sem documentos passam por agências de reassentamento”, disse Gladys Vega, diretora executiva da La Colaborativa, uma organização sem fins lucrativos de Chelsea que não é uma agência de reassentamento, mas atende centenas de novos imigrantes todos os anos com doação de alimentos, aulas de idiomas e assistência jurídica de forma gratuita.
Durante meses, Healey e outros líderes estaduais estão trabalhando para gerir o fluxo de imigrantes. Em janeiro desse ano, Healey estava entre os nove governadores que apelaram às autoridades federais para corrigir o sistema de imigração dos Estados Unidos e trabalharem em conjunto para resolver o que “se tornou uma crise humanitária”.
Jeff Thielman, que dirige o Instituto Internacional da Nova Inglaterra, disse que “O dinheiro não está chegando ao Estado, mas os imigrantes procuram mais assistência estatal. Isso coloca pressão sobre todos os outros para ajudá-los”.
