WASHINGTON, D.C. — O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva na noite de quarta-feira direcionando seu governo a impedir que alunos internacionais entrem no país para estudar ou fazer pesquisa na Universidade Harvard.
A ordem, que tem validade de 6 meses, mas pode ser revisada em 90 dias, afirma que o motivo é preservar a segurança nacional.
Na semana passada, o Departamento de Estado já havia orientado consulados e embaixadas americanas ao redor do mundo a revisar as redes sociais dos estudantes de Harvard “para encontrar sinais de antissemitismo”.
A ordem executiva de quarta-feira também determina que, para os atuais estudantes de Harvard que já estão no país, o secretário Marco Rubio irá decidir se alguns deles terão seus vistos revogados.
Oficiais de Harvard afirmaram que a ordem executiva “é mais um passo retaliatório ilegal tomado pela administração que viola o direito da Harvard garantido na Primeira Emenda”.
A deputada federal Pramila Jayapal (D-Wash.) declarou que essa última decisão do governo nada tem a ver com segurança nacional. “É mais uma ação velada dentro da briga pessoal de Trump com Harvard e o contínuo alcance autoritário contra o discurso livre”, disse ela.
Harvard afirmou que cumpriu pelo menos uma das demandas do governo federal. No entanto, o Departamento de Justiça informou que Harvard entregou informações de apenas 3 estudantes, mas sem o contexto necessário para abrir um processo contra eles.
“O Departamento de Justiça vai defender vigorosamente a proclamação do presidente que suspende a entrada de novos estudantes estrangeiros na Universidade Harvard, com base em preocupações de segurança nacional”.
A ordem do presidente inclui uma exceção que garante a entrada de estudantes estrangeiros “quando beneficiar o interesse nacional”.
Foto e arte: India Today