O plano de deportação do presidente eleito Donald Trump, que promete remover milhões de imigrantes indocumentados, traz uma oportunidade financeira significativa para a indústria privada de prisões. Empresas como Geo Group e CoreCivic, os maiores operadores privados do setor, já expressaram entusiasmo com a possibilidade de novos contratos milionários para a construção e manutenção de centros de detenção.
George Zoley, fundador do Geo Group, descreveu o plano de Trump como uma “mudança histórica” para o setor. A Geo Group, maior operadora privada de prisões nos EUA, já possui milhares de leitos disponíveis e estrutura pronta para uma rápida expansão. Executivos da CoreCivic também afirmaram estar se preparando para aumentar a capacidade, antecipando a demanda com a posse de Trump.
Durante a primeira administração Trump, o uso de prisões privadas para imigrantes detidos alcançou níveis recordes, e agora especialistas, como o ex-diretor do ICE John Sandweg, esperam que contratos significativos sejam oferecidos a essas empresas. Desde a eleição, ações da Geo Group e CoreCivic dispararam, com expectativas de lucros bilionários para o setor.
Enquanto muitos republicanos defendem as prisões privadas por sua eficiência e economia, críticos apontam para a falta de fiscalização e para violações de segurança e saúde. A senadora Elizabeth Warren e outros democratas pediram que o governo substitua os centros de detenção privados por alternativas comunitárias. Eunice Cho, da ACLU, alertou que os maiores lucros dessas empresas ocorrerão à custa de pessoas que enfrentam condições perigosas e desumanas nos centros de detenção.
Tom Homan, nomeado “czar da fronteira” por Trump, defende o uso de instalações privadas, argumentando que são economicamente vantajosas e necessárias devido à falta de instalações governamentais. Para o Geo Group e a CoreCivic, o novo plano de deportação representa uma oportunidade para consolidar a influência do setor nas políticas de imigração dos EUA.