Legisladores republicanos da Flórida estão empenhados em reduzir a idade mínima para compra de armas no estado de 21 para 18 anos, reacendendo um debate acalorado sobre a lei aprovada após o massacre na escola de Parkland, em 2018. A proposta, que tem o apoio do presidente da Câmara e do governador, enfrenta resistência no Senado e a oposição de familiares das vítimas e ativistas.
A lei atual, que elevou a idade mínima para 21 anos, foi resultado de uma intensa mobilização de sobreviventes e familiares das 17 vítimas do tiroteio em Parkland, cometido por um jovem de 19 anos que havia comprado armas legalmente. A Associação Nacional do Rifle (NRA) contestou a lei na justiça, e o caso ainda está pendente.
Os defensores da mudança argumentam que, se jovens de 18 anos podem servir nas Forças Armadas, também deveriam ter o direito de comprar armas. No entanto, opositores, como a deputada democrata Robin Bartleman, que era membro do conselho escolar de Parkland na época do massacre, consideram a proposta um desrespeito às famílias que lutaram pela lei.
O projeto de lei já foi aprovado pela Câmara em anos anteriores, mas nunca chegou a ser apresentado no Senado, onde a resistência tem sido maior. O novo presidente do Senado, Ben Albritton, embora tenha se alinhado com a oposição a outras flexibilizações nas leis de armas, disse que está considerando a proposta.
Caso a medida seja aprovada, jovens a partir de 18 anos poderiam comprar rifles e espingardas na Flórida, mas a lei federal ainda os impediria de adquirir revólveres de revendedores licenciados. A discussão reacende o debate sobre controle de armas no estado, seis anos após o trágico tiroteio que marcou a história da Flórida e dos Estados Unidos.
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