O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (25) que a tarifa de 50% sobre produtos importados da União Europeia, prevista para entrar em vigor em 1º de junho, será adiada para o dia 9 de julho. A decisão foi tomada após uma conversa com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
Segundo Trump, von der Leyen demonstrou interesse em avançar com as negociações comerciais entre os dois lados. “Ela disse que quer negociar de forma séria, e eu disse que isso é essencial”, afirmou o presidente americano a jornalistas em Morristown, Nova Jersey, antes de retornar a Washington.
Na sexta-feira anterior, Trump havia ameaçado impor a tarifa, alegando que a União Europeia estava sendo “muito difícil” nas conversas comerciais e que as negociações não estavam progredindo. A declaração gerou preocupação no mercado financeiro, que reagiu negativamente, especialmente com a possibilidade de tarifas adicionais de até 25% sobre produtos da Apple fabricados fora dos EUA.
O analista Klaus Baader, da SG Securities, afirmou que, embora as ameaças possam fazer parte de uma estratégia de negociação, a instabilidade gerada por essas idas e vindas não é boa para o crescimento econômico global nem para os mercados financeiros.
Apesar das tensões, a conversa entre Trump e von der Leyen parece ter trazido um alívio momentâneo. Em uma publicação nas redes sociais, o presidente americano disse que foi um “prazer” conceder a prorrogação do prazo. Já von der Leyen destacou que a União Europeia e os Estados Unidos mantêm uma das relações comerciais mais importantes do mundo e que o bloco está pronto para avançar nas negociações de forma rápida e decisiva.
A expectativa agora é que, até o novo prazo de 9 de julho, as duas partes consigam chegar a um acordo que evite a aplicação das tarifas e reduza as tensões comerciais.
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