Na segunda-feira (8), o ex-presidente Donald Trump, disse em campanha que segue acreditando que as leis sobre aborto devem ser decididas pelos estados nos Estados Unidos.
“A minha opinião é que agora que temos o aborto onde todos queriam do ponto de vista legal, os estados irão determiná-lo por voto ou legislação ou talvez ambos. E o que decidirem deve ser a lei do país, neste caso, a lei do estado”, declarou em um vídeo publicado no Truth Social.
Após a Suprema Corte dos Estados Unidos, que tem maioria conservadora, mudar seu entendimento sobre aborto e concedendo aos estados o poder de proibir ou não sua prática, o assunto tem ganhado relevância nas discussões dos americanos.
O senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, disse através de sua rede social que discorda “respeitosamente da declaração do presidente Trump de que o aborto é uma questão de direitos dos estados. Dobbs não exige essa conclusão legalmente e o movimento pró-vida sempre foi sobre o bem-estar do feto – e não sobre a geografia.”
Trump enfatizou seu apoio às exceções nas restrições ao aborto que permitiriam aos indivíduos obterem o procedimento em caso de violação, incesto ou risco de vida da mãe.
Desde o início de sua campanha no final de 2022, o ex-presidente vinha se esquivando do tema.
“Apoiamos a declaração do presidente Trump hoje. Acreditamos sinceramente na proteção da fertilização in vitro, protegendo exceções para estupro, incesto e vida da mãe, e hoje o aborto é deixado para os estados”, disse a deputada Nancy Mace, da Carolina do Sul, em um tweet.
Julie Chavez Rodriguez, gerente de campanha do presidente Biden, rapidamente se manifestou declarando que “deixar isso para os estados é um endosso às cruéis e perigosas proibições ao aborto em todo o país, tornadas possíveis apenas por Donald Trump”.
Acredita-se que a pauta do aborto pode ser decisiva nas eleições que irão ocorrer em novembro desse ano.