Autoridades negam existência de serial killer na Nova Inglaterra e alertam sobre boatos nas redes sociais

Nos últimos meses, uma série de mortes registradas em diferentes estados da região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, levantou rumores nas redes sociais sobre a possível atuação de um serial killer. No entanto, autoridades locais e estaduais vêm a público para negar qualquer ligação entre os casos e pedem cautela com informações não verificadas que circulam na internet.

A especulação ganhou força após a descoberta de corpos em locais como Groton (Connecticut), Springfield (Massachusetts) e Salem (Massachusetts). Em todos os casos, investigações estão em andamento, mas até o momento, nenhuma evidência aponta para a ação de um assassino em série.

Em Salem, por exemplo, dois corpos foram encontrados em uma área de mata. No dia seguinte, Jay Blodget, de 30 anos, foi preso e indiciado por dois homicídios. A promotoria, no entanto, deixou claro que não há qualquer indício de envolvimento de Blodget em outros crimes semelhantes.

Outro caso que gerou especulação foi o de uma mulher encontrada morta em Springfield. A polícia local abriu uma investigação por “morte não assistida”, mas o promotor do condado de Hampden, Anthony Gulluni, afirmou que não há conexão entre esse e outros casos recentes, nem qualquer ameaça maior à segurança pública.

Na cidade de Groton, Connecticut, restos mortais de uma mulher foram encontrados perto de um cemitério. A polícia ainda tenta identificar a vítima e entender as circunstâncias da morte. Objetos “incomuns” foram encontrados na área, mas as autoridades não divulgaram detalhes nem confirmaram qualquer relação com outros casos.

As especulações aumentaram ainda mais após postagens anônimas em um grupo do Facebook dedicado a teorias sobre serial killers na Nova Inglaterra. Um dos posts sugeria que vários corpos estariam enterrados em uma praia de Rhode Island. A polícia de Narragansett chegou a mobilizar cães farejadores e agentes locais e federais para investigar a área, mas nada foi encontrado. Posteriormente, o autor das postagens disse que tudo fazia parte de um projeto literário e que os usuários estavam interpretando mal seu conteúdo.

Diante da repercussão, autoridades reforçam que investigações desse tipo são comuns e nem sempre envolvem crimes. Muitas vezes, a causa da morte só é determinada após exames detalhados, como autópsias — e informações prematuras podem atrapalhar o trabalho policial.

Especialistas em comunicação também alertam para os riscos da disseminação de boatos nas redes sociais. David Richard, professor de relações públicas da Emerson College, explica que rumores podem se espalhar rapidamente, especialmente quando publicados em grupos com milhares de seguidores. “É importante saber de onde vem a informação e buscar fontes confiáveis antes de compartilhar”, afirmou.

Enquanto isso, grupos dedicados ao tema continuam ativos nas redes sociais, alimentando teorias e investigações amadoras feitas por internautas. Autoridades pedem que a população evite conclusões precipitadas e aguarde informações oficiais.

Foto: NBC Boston

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