O presidente eleito Donald Trump reafirmou, em uma entrevista ao programa “Meet the Press” no último domingo, que planeja conceder perdões aos apoiadores envolvidos no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, ocorrido em 6 de janeiro de 2021. Segundo Trump, esta será uma de suas primeiras ações ao assumir o cargo em seu segundo mandato.
“Vou agir muito rapidamente… no primeiro dia”, afirmou Trump ao ser questionado pela apresentadora Kristen Welker. Ele ainda criticou as condições dos centros de detenção onde muitos dos envolvidos estão presos, descrevendo-os como “locais imundos e deploráveis que nem deveriam estar funcionando”.
Mais de 1.500 pessoas foram acusadas por crimes relacionados ao ataque ao Capitólio, variando de invasão ilegal a conspiração sediciosa. Destas, mais de 1.250 já foram condenadas ou declararam-se culpadas. Trump, porém, defendeu que muitos desses acordos foram feitos sob coação. “Eles não tinham escolha. O sistema é muito corrupto”, declarou o presidente eleito.
Apesar da promessa abrangente, Trump indicou que poderá haver “algumas exceções” no processo de perdão, especificando que pessoas com comportamentos “radicais ou insanos” não serão beneficiadas.
Ele também comentou que os envolvidos tiveram suas vidas “destruídas” nos últimos dois anos e reforçou sua visão de que o sistema de justiça dos Estados Unidos é “muito cruel”.
Essa posição marca a postura mais clara de Trump em relação ao assunto desde os eventos de 6 de janeiro, quando o Capitólio foi invadido por apoiadores do então presidente, gerando uma onda de acusações e condenações em nível nacional.
